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Certa manhã de maio, acordei com a velha musiquinha dos smurfs do meu velho celular. O sol, imponente, tentava amenizar o frio que fazia, devido ao sopro forte de vento que anunciava mais um inverno. Eu, ainda meio sonolenta, obriguei-me a retirar o corpo do calor confortante debaixo do meu edredon. E assim, fui – eu mais minha amiga – para o médico. Embora eu estivesse com a perna machucada, por conseqüência de um descuido, não era eu quem iria consultar… Então, sentei numa cadeira, na sala de espera do consultório e para a minha felicidade havia uma TV. Fiquei acompanhando a Ana Maria Braga falando incansavelmente sobre pimentas.

Eram 9:30 da manha quando chegamos ao médico. A espera foi um tanto demorada e o tédio foi sumindo quando terminou o programa da Ana Maria Braga e começou o “George – O rei da floresta”, pois logo após este desenho passaria o meu favorito: “Bob Esponja calça quadrada”. Cara… Eu AMO o Bob Esponja! Quando chega 10:00 da manhã, não importa o que estou fazendo, mas largo tudo e corro para a frente da TV com os olhinhos brilhando clamando ansiosamente pelo Bob.

“Acaba logo o desenho do George, quero ver o Bob Esponja!”, pensava eu com meus botões. Apesar de achar essa temporada menos engraçada do que a anterior e os dubladores do Seu Sirigueiro e do Lula Molusco não serem os mesmos, ainda assim é o meu preferido. Particularmente eu odeio quando mudam os dubladores no meio da temporada, e os dubladores novos ficam tentando imitar a voz real do personagem parecendo uns palhaços. Com isso o desenho, ou seja o que for, perde muito.

Então que, enfim acabou o George e eu estava como uma pessoa, que está esperando a amiga num consultório médico, deveria estar: quieta, imóvel, adulta e séria. Mas por dentro eu estava me portanto como uma criança de pijama em frente à TV que vibra diante do inicio do seu desenho favorito: “Vive num abacaxi que mora no mar – Bob Esponja calça quadrada!”

Mas… Antes da música de entrada terminar a secretária da doutora dirigiu-se até a TV e com o seu MALDITO dedo mudou de canal. Simplesmente foi lá e diabolicamente apertou o botão! Meu sangue entrou em ebulição neste instante. Poooooooooorra Bátemã! que mulher viadinha, sem coração! Só porque eu tenho vinte e poucos anos não significa que gosto de assistir coisas chatas o tempo todo! Qual seria o problema dela quanto ao adorável Bob Esponja? Acho que ela não curte animais, muito menos os do filo Porífera e suas peripécias. Se bem que acho que uma pessoa como aquela não deve nem saber que ele é do reino Animália.

A criança que habita o meu ser morreu e prevaleceu a adulta. Não deu tempo nem da pobrezinha pedir “Deixa lá no Bob Esponja, oras!”. E com isso conclui que se deve tomar cuidado com secretárias de médicos que usam jaleco branco e luzes louras no cabelo, pois elas certamente tentarão te abduzir para o mundo real, matar a sua criancinha interna e declarar o seu ódio pelos seres inferiores do reino Animália.


Dentre os milhares de pensamentos que tenho antes de dormir – e tirando proveito somente dos que fazem sentido – o qual mais me chamou atenção – e pelo qual não resisti, levantando-me até o rascunho mais próximo para passar no papel – foi que à exatamente dois dias irá fazer três meses desde que beijei aquela boca. Noite memorável… Posso reproduzir o cheiro em meus bulbos olfativos daquele cabelo tão lindo, sentir o abraço apertado e o gosto de um beijo que era tão esperado. As palavras que eu ouvia faziam-me relaxar. Eram tão macias como se o meu corpo andasse pelo salão de pés descalços em cima de um chão de algodão.

Os supersticiosos diriam que numa sexta-feira 13 tudo pode dar errado, mas por incrença que parível, a minha vida tomou um novo caminho. Um caminho que era tão esperado quanto o beijo dado na festa.

E para uma fucking girl que já havia desacreditado na sorte ou até mesmo no azar, bastou uma noite repleta de peças pregadas pelo acaso para que voltasse á sonhar. Foi como se a vida, realista demais, chacoalhasse você para lhe mostrar que entre momentos da vida real, também existem contos de fada.

Não sei qual blusa vestir, não sei se faço panquecas ou arroz com feijão para o almoço, não sei como agir. Tento ser eu mesma, mas perco-me na imensidão de minha identidade. E nesse emaranhado de sentimentos –  alguns novos e outros quase esquecidos – percebo que, enfim, abri o meu coração.  Uma linda e formosa borboleta azul habita, agora, o meu nauseado estômago. Nauseado porque há vários anos ele confortava-se somente com a escuridão.

Porém, raras são as oportunidades de cruzarmos nosso caminho com o caminho de outras pessoas que tenham objetivos idênticos aos nossos. Enquanto as estrelas cintilam no céu lá fora, o sono vem me encontrar e meus sentidos já não correspondem mais às minhas vontades. Resta, então, fechar-me no meu invólucro e torcer para que o que relatei neste rascunho,  a você, meu caro leitor, seja recíproco.

Numa tarde de sábado chuvosa, temperatura amena chego à minha casa que até então se encontrava vazia e escura, tiro as botas de meus pés exaustos; largo a bolsa em cima do sofá; levo o guarda-chuva até onde eu possa deixar escorrer as gotas de água que insistiam em cair no lugar onde gotas não podem cair e vou correndo ao encontro do meu aconchegante pijama creme com florezinhas. Repentimanente deu-me um lapso de vontade de ouvir um cd do Chili Peppers de 1991, intitulado “Blood Sugar Sex Magic”. Quando ouvi a música “The Righteous and the Wicked”, tive uma impressão de ouvir uma distorção na pronúncia de uma palavra da letra que o lindo do Antony Kieds cantava… E me pareceu muitíssimo engraçado naquele momento. Então, tive uma idéia. Distorcer toda a letra original da pobrezinha da música, substituindo por palavras aleatórias – em português – que fizessem lembrar a palavra em inglês.

O resultado foi esse:

Red hot chili peppers – the righteous and the wicked

1- há quem veste mal

2- o milho é bi meu frei

3- Dark (marco) e o jeans neve tinge

4- laka (chocolate) compre hey!

5- quis-me o seu Stroke

6- quem não riu melhor

7- e essa viu no funk

8- buraco resta um

Refrão

1- batizando o nick Valdemort eu psss!

2- de raider (chinelo) sem o vick (vaporub)

3- vó e o piercing

4- aquela vez cofre de uma biz (moto)

5- phi ou phi para dizer: pise!

6- reme lama galinhão vão uma miss

7- lá em palmas foi a… Béé (ovelha) te herdeiiii

8- peleja fora béé (ovelha) te herdeiiiii, Henio hey!

9- Rolimã de anã

10- currais em teus pés

11- tesão a Pitty fez

12- vou serrar bem o rei

13- que linha viu champagne

14-

15- glo bala a bocha…

16- dé-iz (10) guaxiniiiiin

Refrão

17- olhai o flander faz

18- flecha ainda dá

19-… Arrombou vixi!

20- lírio que não vai

21- estou Peterson

22- expor o seu umbigão

23- Marvin gay melão

24- o Éden vingou, wró!

OBS: Aconselho a procurar o vídeo da música no youtube e acompanha-la com essa letra. 🙂

Os trechinhos em branco ou com reticências são porque eu não consegui achar algo no português cabível na letra, aceito sujestões.

Muito obrigada pela ajuda do Marco/Dark – que inclusive ganhou uma participação na letra da música –  e da minha amiga, fofíssima, Kéti ;P

Isso foi apenas um momento de bobeira. Eu não sou assim, lesada, o tempo todo.

O Menino dos Prestígios

Conheci uma pessoa… uma pessoa que eu já conhecia de breves conversas. E cumprimentávamo-nos com beijinhos cordiais quando nos encontrávamos, ao acaso, na rua. Então conheci bem essa pessoa, não tão bem quanto quisera, mas sim, quanto as oportunidades permitiram. O suficiente para dividir o meu pensamento com o caro leitor. E é engraçado que por mais que você conheça uma pessoa, certamente você não a conhece. Pseudo-conhece, um equívoco.

A minha visão olhistica fez com que eu percebesse aquele menino dentre as milhares de pessoas que eu vejo, por dia. Não sei, talvez passei a acreditar que um crustáceo julino, como eu, possui anteninhas, e que elas estejam em sintonia.

As poucas vezes em que convivi com ele, bastaram-me para formar uma primeira opinião: humor amistoso; bem apessoado; veste muito bem o preto, ainda mais se deixa a barba por fazer. Faz-me rir pois diz que eu sou “A menina da letra bonita”; lê cinco vezes mais livros do que eu; me faz sentir mais branca do que um palmito, porém, um palmitinho de carcaça jovem, já que sol demais envelhece (e aí me intitulou de “mulherzinha”). Depois de ter falado essas gentilezas sobre minha pessoa, descobri que o peitoral dele é um ótimo lugar para dar socos. E que ele é uma ótima companhia em shows do Zé Ramalho.

Após a primeira impressão que ficou, passei a achar que conhecia a pessoa em questão. Porém, nem me dei conta de que ainda não a conhecia. Ele toca guitarra, ouve clássicos do Rock n’ roll, digamos que seja meu colega de profissão também, e, um tanto quanto religiosinho, pois vai na missa no domingo de páscoa.

Ah… a páscoa! A principio achei que não fosse ganhar chocolates, por recomendação do meu adorado médico Dr. Spada Jr. Nunca imaginaria que eu iria comemorar a páscoa diferente, este ano.

Ganhei uma caixa de bombons da Nestlé. Abri e logo me voltei para o prestigio. Prestigio! Um generoso recheio de coco com uma maravilhosa cobertura de chocolate ao leite. Mas depois me dei conta de que abster-me dos prazeres da gula é para o meu próprio bem. Tratei de fechar a caixa de chocolates, com desdém. Hunf! Mostrei a língua para a caixa e então imaginei que se ela pudesse falar, me responderia: – Quem mostra a língua quer beijinho, ou melhor: prestiginho! Me senti ofendida com aquilo e rapidamente abri de supetão a astuta caixa de variedades Nestlé para lhe dizer poucas e boas, e lá estava ele: Lindo, gostoso, filé – O Prestígio!

Fiquei inerte por alguns segundos. Com cautela, olhei de epicanto para ele, e ele foi recíproco. Eu o fitava, ele me fitava. E então pensei… “O vermelho incita a fome, mesmo!” O pobrezinho não durou dois minutinhos na minha mão. Depois disso o ser heterotrófico aqui catou todos os Prestígios da caixa, como um cão faminto. E não me contive: fiz-me de leitão vesgo para mamar deitado e fui de ratona comer os prestígios da caixa do meu irmão. Por ventura, descobri que havia uma caixa de bombons da Lacta na geladeira. Peguei todos os Amanditas (outro chocolate dos meus preferidos) e o resto abandonei. Moni, a predadora das caixas de chocolate (Risada sarcástica).

Passado o momento alimentício, achei o meu querido conhecido e lembro-me de ter comentado sobre o episódio e sobre o meu chocolate preferido. Como de costume, nossa conversa fora muitíssimo agradável e rendeu-me vários sorrisos.

No dia seguinte, acordei. Fazia um lindo dia lá fora, abri a janela para que o sol alegre e imponente que lá estava contagiasse o meu ser e o meu quarto. Já na faculdade, algo inesperado me aconteceu. Um pombo-correio me esperava com um Prestígio, dizendo que foi o meu querido conhecidinho quem mandou. Instantaneamente as pontas da minha boca alcançaram as orelhas e meus olhos se encheram de brilho. A vontade que tive era de agradecer um milhão de vezes com um milhão de beijos e abraços. Eu estava radiante de alegria, só pensando em uma coisa: “Que lindinho!”. Comi o chocolate e passei o resto da noite pensando, aos suspiros, a respeito da atitude tão repentina e nobre que meu prezado conhecido tivera. Primeiro, pelo seu gesto; segundo, que nunca ninguém havia agradado com um mimo, assim tão espontâneamente. Como as pessoas são fascinantes, por mais que você ache que as conheça, sempre irão te surpreender.

A partir daquele momento me senti diferente, me senti bem, muito bem! Deixei de ser inanimada para tornar-me perceptível diante daquele doce menino de doces atitudes. Se fosse meu aniversário ou o dia da mulher, mas não, era um dia comum qualquer, que passou a ser um dia importante, assim como eu senti que passara a ter uma certa importância na vida daquele menino gentil. Um pequeno chocolate que valeu mais do que qualquer quantia. Um simples gesto que falou mais do que qualquer palavra. Um menino que enxerga detalhes que nenhum outro enxergaria, que me deixou muito feliz e muito grata por tê-lo conhecido, não tão bem quanto quisera, mas que aos poucos torna-se um rostinho familiar: O menino dos Prestígios.

Harry de bem com a vida

Fazia muito tempo que não deixava nada por aqui. Não tenho tempo, meu tempo é cronometrado. Há tantas coisas que desejo fazer, mas não sobra tempo. Queria que o tempo parasse para eu respirar um segundo sem estar ofegante, ao menos. Mas o tempo não pára.

A rotina cansa. Acordar de manhã com a musiquinha dos Smurfs, num primeiro momento, parece fofo, mas com o passar do tempo… – MALDITA MUSIQUINHA DOS MOTHERFUCKERS SMURFS!!! E sentir vontade de arremessar o celular, janela afora definitivamente é irritante.

Tá. Você acordou. (como diz aquela comunidade no orkut “Tá no inferno? Abraça o capeta”), então vou tomar o meu café. Ligar a TV para ver a previsão do tempo ainda não se tornou rotineiro, porque temos quatro estações do ano com o aquecimento global desregulando o tempo. (minha intuição sempre me disse que o aquecimento global, um dia, iria desempenhar um papel benéfico na vida das pessoas). Pelo menos nesse caso, não contribui para aumentar o meu mau humor matinal.

Preparar o meu leite com dois saquinhos de chá mate-leão misturado numa colher de açúcar com duas torradas cobertas de margarina também acaba tornando-se desgostoso. – CADÊ A GELÉIA DE MORANGO QUE EU COMPREI ONTEM E O NESCAU??? (esqueci de comentar que eu tenho um bezerro formigão em fase de crescimento, pelo qual sinto um amor incondicional e insisto em chamar de irmão).

Ele deixa as minhas manhãs tããããão lindas! Parecendo um jardim de passifloras repletos de Lepidópteras coloridas 😦 E ainda é provável que apareça um arco-íris no céu, que cobre o jardim, quando eu o vejo acabando com a caixa de leite longa vida em menos de 12 horas. Arrrrrrrrgh!

Pois bem, esqueçamos do meu irmão e falemos das horas que retrocedem o café. Ir para o laboratório e preparar lâminas de Paramecium, Euglena; dizer para os pimpolhos dos colégios que vão nos ver, que a Jararaca mergulhada no formol sobre a bancada não vai ressuscitar e picá-los; ou que a Lumbricus terrestris produz hemoglobina e ficar fedendo á cebola e chorar picando-a para que os aluninhos vejam que realmente a célula vegetal existe e não é uma paranóia marciana inventada pela professora de ciências, por incrível que pareça, me deixa mais leve. E o tempo passa e você nem sente.

Porém, a parte do dia em que prefiro os animais é à tarde. Não é páreo nem para a musiquinha dos Smurfs! – Consultório médico, boa tarde. Monique. Obrigada. Tchau. (extremamente repetitiva sem perder a calma e a simpatia). 300 vezes “boa tarde”; 1.010 vezes “obrigada”; 4.000 vezes o meu próprio nome e raramente recebo um “ohn, obrigada, Monique. Você foi de muita utilidade para mim hoje, querida”.

As pessoas não entendem que médico também é um ser humano com família, corre o risco de ter problemas de saúde, às vezes, também, e que necessita de momentos de lazer e não uma máquina de dar diagnósticos e assinar receitas e atestados.

– O doutor não estará atendendo nesta sexta-feira.

– Ah, não? Que pena…

– Ele vai para Curitiba num congresso (Mentira! Vai pescar para ver se esquece um pouco dos pacientes chatos como você). Às vezes eu me contenho (hahaha)

– Gostaria de marcar uma consulta.

– Eu tenho horário com o doutor semana que vem, terça-feira.

– Eu preciso pra hoje, secretaria!

– Sinto muito, minha senhora, só tenho horário para terça-feira.

– Tem certeza? Encaixa-me aí, fala com o médico, não sei se estarei viva até semana que vem!!!

– Sinto muito, só para terça-feira.

Realmente, prefiro dar banho em cachorro, escovar cavalos, jogar ração para os pombos do que lidar com pessoas. Pode ser que eu esteja sendo muito “Harry de bem com a vida” neste post. Todos têm o seu momento Harry, na vida. Apesar de eu ser uma canceriana – o ser mais calmo e paciente da face da Terra – o Harry, com freqüência, aflora em mim. Mas não se intimide, não tenha medo, não tire conclusões precipitadas sobre minha pessoinha, porque o Harry de bem com a vida das pessoas, assim como o do Aqua teen, também sabe ser agradável, nos garantindo boas gargalhadas em frente á TV. 😀

 

Homens! Tsc tsc tsc

O que é o homem? Animal mamífero, bípede, bímano, racional e sociável que, pela sua inteligência e pelo dom da palavra, entre outros aspectos, se distingue dos outros seres organizados, e cuja diferença dos demais está na temperatura corpórea constante, a capacidade de raciocínio e de sentir emoções mais do que os outros animais? Pode-se dizer que sim. Além disso, é dotado de um par de dedos polegares em forma de pinça, o que lhe proporciona maior agilidade das mãos e maior aproveitamento para o manuseio de objetos. O ápice da evolução, tanto que não nos consideramos dentro da cadeia alimentar, do nicho ecológico… Nem nos consideramos bichos!

Com o seu fantástico encéfalo, o homem pôde ultrapassar limites, pôde inventar mil coisas para o seu conforto, conforme suas necessidades. Porém o bicho homem tem o pequeno detalhe de que pode sentir muito mais do que os outros animais. A temperatura constante nos permite manter o coração aquecido, por mais que seja frio. Ele usa o seu polegar para o bem: o dedo polegar nos dá o dom da escrita que, juntamente com o encéfalo superdesenvolvido, pode-se demonstrar através das palavras o que o bicho homem sente. O encéfalo, por sua vez, governa não só as mãos dos dedos formadores de pinça, mas o corpo inteiro, para ir aonde tem vontade, tocar o que deseja, fazer o que gosta.

Seus hormônios são os que fazem a manutenção das funções sexuais. Aí o bicho homem pega! Todas, TODAS às vezes são levados por impulsos visuais oriundos das fêmeas. Só que as fêmeas, por sua vez, não dependem e não são movidas somente por impulsos visuais. As longas eras de evolução nos deram a possibilidade de pensar, de sentir, de escolher, de sofrer… De sofrer sem dor física e de fazer os outros sofrerem sem castigar-lhes a pele.

Maldito encéfalo superdesenvolvido! O mesmo que nos dá prazer, felicidade, paz, também nos deixa o egoísmo, possessividade, desprezo e por conseqüência vem a solidão, a tristeza e o pranto… Tudo isso é gerado por causa de um pequeno detalhe que o homem, ápice da evolução, ainda carrega nos seus genes: o de perpetuação de sua nobre espécie.

Para outros filos do reino animal essa é uma função corriqueira, há a parte dos cios (não entrarei em detalhes haha), garantindo que seus genes permaneçam por mais uma geração. E na próxima primavera, em algumas espécies, um não lembrará da cara do outro.

Humanamente falando, nossos complexos sentimentos aliados aos hormônios não nos deixam passar as primaveras só pensando, friamente, apenas nos nossos genes desfilando numa futura geração. Temos por instinto, herdado dos antepassados primitivos, perambular pelo mundo em busca de uma pessoa do sexo oposto que seja digna de merecer o nosso ovócito – a coisa mais preciosa que se busca incansavelmente. Andamos pelo mundo á procura do mais forte, do mais lindo, do mais inteligente, do mais saudável, do melhor espécime da espécie para lhe entregar o nosso ovócito, para que as gerações seguintes sejam mais adaptáveis ao mundo cruel que os espera.

Ah.. e feliz natal!

Tome o tempo para fazer algum sentido
Sobre o que você quer dizer
E lance suas palavras sobre das ondas
E navegue-as para casa com aceitação
Num barco de esperança hoje
E quando alcançarem a margem
Diga-as para não sentirem mais medo
Cante alto e cante com orgulho

E então dance se você quiser dançar
Por favor irmão, agarre uma chance
Você sabe aonde eles irão
Em que caminho eles querem seguir
Tudo o que sabemos é que não sabemos
O que vai acontecer
Por favor irmão deixe para lá
A vida por outro lado, não vai nos deixar entender
Que somos todos parte do plano-mestre

Eu não estou dizendo que é certo ou errado
Cabe a nós fazer
O melhor das coisas que vem ao nosso encontro
E todas as coisas que vem tem passado
As respostas no espelho
Existem 420 milhões de portas
No corredor infinito da vida
Diga isso alto, cante com orgulho
E eles
Dançarão se quiserem dançar
Por favor irmão, agarre uma chance
Você sabe aonde eles irão
Em que caminho eles querem seguir
Tudo o que sabemos é que não sabemos
O que vai acontecer
Por favor irmão deixe para lá
A vida por outro lado, não vai nos deixar entender
Que somos todos parte do plano-mestre.

Estava fuçando na internet e encontrei isso, uma musica do oasis, acabei ouvindo e me identifiquei. Pode parecer melancolico mas combina com as minhas mudanças bruscas de humor ultimamente. 🙂

flatulencias

Fim de semana chega, enfim, para a felicidade de todos. Sinto-me feliz só de pensar na possibilidade de poder dormir a hora que bem quiser e acordar sem o despertador do celular. Porém, sábado trancafiada em casa, deixando que os corpos de frutificação dos zygomicetos tomem conta de mim, definitivamente não dá. Então, fomos comer pizza e assistir filme na casa de uma amiga, programinha básico.

Na hora da refeição, eu pensei que só nós, futuras biólogas, é que falávamos de esquisitices nojentas, mas me surpreendi. Os futuros advogados também entendiam muito bem do assunto e conseguiram, também, nos intimidar e o melhor: fazer-nos rir, muito!

Tudo começou quando eles estavam nos contando dos corpos que os bombeiros tiravam fotografias em acidentes de transito, assassinatos etc., aí a conversa tomou um rumo diferente, de cadáveres dos laboratórios de anatomia que pareciam churrasco de domingo (haha) passou para Tenias solium e saginata, teoria da endosimbiose, onde os amigos, futuros advogados, queriam saber se realmente as mitocôndrias e cloroplastos foram englobados pela célula eucarionte mais tarde. Realmente foram. Até quem, chegamos ao assunto da noite: barulhos estranhos que saíam das pessoas e que devido ao processamento de certos alimentos pelos respectivos metabolismos, geravam tal barulho. Hilariante, totalmente hilariante! Eu deixava de comer para poder gargalhar. É incrível como nessas horas, depois de muita coca-cola e muita pizza, é que as pessoas se empolgam e vão falando de suas experiências desastrantes e envergonhantes, como se aquilo fosse normal, natural.

Na verdade é uma coisa totalmente natural, mas nem tão normal assim, e além do mais, é constrangedor, você tem que ter muita cara de pau para poder flatular em publico; contar com a sorte para que o gás metano não saia com pressão demais (o que ocasionaria barulho); não cheire mal (quase impossível) e que as pessoas não descubram de quais anus saiu. Para não flatular em público, só se você for correndo á um banheiro e chavear a porta. Para não fazer barulho, acho mais garantido no vácuo. E para não cheirar mal, só se você viver de flores e mesmo assim não arrisco dizer que flatulará cheiroso.

Não que eu seja uma pessoa que nunca tive dessas, como já disse, é natural, mas é uma coisa intima, e naquele momento não me senti confortável em revelar minhas experiências desastrosas 😀 mas confesso que ri e obtive muito conhecimento a partir daquele assunto. Descobri que há meninos que adorariam que a namorada soltasse um gás perto dele, isso seria um ato de cumplicidade. Descobri também que meninas tem mais historias cabeludas com relação a isso hahaha e que somos normais, graças ao bom Deus. Todos “peid…” com o perdão da palavra.

Conversa muito produtiva, muito engraçada, comida gostosa, companhia agradável… Fiquei pensando depois… É tão bom quando nos reunimos, trazendo comida e bebida e falamos de coisas nojentas, ninguém se importa com “o que meus amigos vão pensar?!” simplesmente as historias de cada um de nós são contadas, os outros se obrigam a parar de comer para não se afogar, de tanto rir; e as horas passam como milésimos de segundo, e quando você chega em casa, extremamente cansada e com sono, querendo somente a cama, deita a cabeça no travesseiro, feliz, porque apesar de ter feito um programa banal, que pra muitas pessoas, é preferível que fique em casa, você rio e divertiu-se muito. Aos meus amigos: Gabrielle, Ana Paula, Fernanda, Junior e Daniel, deixo, aqui, uma pequena demonstração do meu afeto.

Hello stranger!

Eis me aqui. Aos “what you got? nothing sir, what you want? nothing sir” dos Grates, fome? bastante! A proposito… estava eu voltando da academia, ainda meio mal de uma enchaqueca do dia anterior, passei a tarde toda trabalhando e havia almoçado, somente. Tinha R$40,00 no bolso destinados a pagar a mensalidade da academia, mas aquela fome agonizante não saía dos meus pensamentos, preocupando-me. A cada série de exercicios meu estomago liberava mais jato de suco gástrico e consequentemente vinha a dor esmagadora que fazia-me sentir as paredes estomacais ardendo em chamas. Então pensei.. “vou fazer tudo por cima e nao irei pagar a academia hoje, ao invez disso, vou passar no mercado”.

Dito e feito. 6:15 pm saí voando da academia, pois 7:15 pm começava a aula na faculdade e eu ainda tinha sete quadras pela frente, até o mercado mais proximo. Conforme eu andava, mais e mais meu nauseado estomago pedia, ou melhor: IMPLORAVA por comida. Quando dobrei a esquina, lá estava o tão desejado antro da perdiçao! (haha). Reuni todas as forças restantes do meu corpo exausto (detalhe: eu ainda carregava um livro de biologia vegetal e a mochila da academia nas costas) e fui reto com um unico objetivo, a coisa mais prazerosa que eu poderia querer naquele momento.
Comprei croissant de frango, suco de laranja e não podia faltar a minha fonte de serotonina, o chocolate. Porém, não havia na prateleira o shot da lacta, entao olhei para o lado… laka? não… ferrero rocher, ao leite, bis branco.. não, não! Ah! diamante negro, é esse mesmo! fui rapidamente para o caixa, paguei, desejei uma boa noite para a funcionaria e a minha fome até amenizou só de meus olhos verem a comida.

Depois de percorrer mais umas 5 quadras até minha casa, a vontade louca de rasgar tudo aquilo e engolir de um sorvo só era inevitavel. Então o fiz. De repente, deparei-me com um chocolate Amaro!! oh não, filha de uma bitch! trouxe o chocolate errado! mas a fome era tanta que eu tentei me acalmar e comer aquele mesmo. Abri o embrulho, quebrei uma fatia e empurrei para dentro da boca, pensando na falta de glicose no meu sangue e na vontade de quebrar carboidratos do meu corpo e não mais no meu prazer pessoal. Uma, duas, tres, quatro, cinco mastigadas depois, desisti! não dá mais, Amaro não foi feito para mim que sou uma pessoa tão doce.

Fui para a faculdade meio feliz. No outro dia, ainda inconformada, tentei comer outro pedaço, pensando não na falta de carboidratos e glicose e muito menos no meu prazer pessoal, mas sim, no meu dinheiro desperdiçado com aquele chocolate. Mas tive uma ideia genial naquele momento. Coloquei a barra de chocolate no microondas até derreter e fiz um super chocolate quente, com muito açucar. Sempre há saida! 😛